A FALSÁRIA
Foi em uma dessas oportunidades baratas que aquela criaturinha se jogou embaixo do primeiro carro que apareceu. Era o seu grande dia de sorte, depois de ter tentado aplicar esse golpe durante muitos dias.
Ocorre que o carro parou e dele saiu uma generosa jovem, disposta a ajudar da melhor maneira possível aquele serzinho assustado. Tal jovem, conhecida por “Felícia”, era fã de felinos.
Aquela criaturinha, cinza-tigrada, olhos verdes, quatro patas, estava imóvel, mal se mexia, e havia um calombo na cabeça com resquícios de sangue. Nitidamente se encontrava desnutrida e aparentava ter sido violentamente espancada. Era uma cena de dar dó a qualquer ser humano. Olhar fixo para o horizonte, a criaturinha orava para os céus, como quem pedia ajuda ao vento.
Porém, toda essa cena, digna dos filmes de Hollywood, era apenas para impressionar.
E aquela jovem, amante de gatos, iludida por aquela armação, não pensou duas em vezes em levar aquela criaturinha para sua casa e dar-lhe toda a atenção necessária.
E foi em sua casa que a falsária se apresentou primeiramente como “Enzo”, tendo recebido banhos diários, muito leite e uma boa vida, digna de todo e qualquer gato rico.
Os dias foram passando e a falsária demonstrava ser um felino amável, merecedor daquele lar aconchegante, cheio de regalias e mimos, tendo sido transferida para a casa da vovó, onde receberia carinhos em quádruplo.
Na primeira consulta ao veterinário, por estar muito abatida e abandonada (perfil que ela simulou), ninguém ainda havia descoberto que “Enzo” se tratava de uma fêmea... e ela continuou a simulação.
Contudo, nenhuma mentira dura para sempre. Foi quando, na segunda consulta ao veterinário, a máscara caiu. “Enzo”, em verdade, se tratava de “Luly Baluly”, felina foragida da Itália (por isso o nome “Enzo”), aplicadora de golpes em humanos.
Descobriu-se, através de contato com a polícia secreta italiana, que “Luly Baluly” aplicou o mesmo golpe no Vaticano, mas teria sido descoberta por um pastor alemão, o qual, em visita de rotina nos aposentos do Papa, flagrou a gatuna dormindo em lençois de seda pura.
Porém, antes de ser presa, a gatuna se refugiou no Brasil, o paraíso dos criminosos, tendo sido vista, pela última vez, na doce Paris dos Pampas Gauchos.
Se alguém a tiver visto por aí, ligue para LINHA FELINA DIRETA, 0800-miau-miau.
Sua identidade será preservada.
Foi em uma dessas oportunidades baratas que aquela criaturinha se jogou embaixo do primeiro carro que apareceu. Era o seu grande dia de sorte, depois de ter tentado aplicar esse golpe durante muitos dias.
Ocorre que o carro parou e dele saiu uma generosa jovem, disposta a ajudar da melhor maneira possível aquele serzinho assustado. Tal jovem, conhecida por “Felícia”, era fã de felinos.
Aquela criaturinha, cinza-tigrada, olhos verdes, quatro patas, estava imóvel, mal se mexia, e havia um calombo na cabeça com resquícios de sangue. Nitidamente se encontrava desnutrida e aparentava ter sido violentamente espancada. Era uma cena de dar dó a qualquer ser humano. Olhar fixo para o horizonte, a criaturinha orava para os céus, como quem pedia ajuda ao vento.
Porém, toda essa cena, digna dos filmes de Hollywood, era apenas para impressionar.
E aquela jovem, amante de gatos, iludida por aquela armação, não pensou duas em vezes em levar aquela criaturinha para sua casa e dar-lhe toda a atenção necessária.
E foi em sua casa que a falsária se apresentou primeiramente como “Enzo”, tendo recebido banhos diários, muito leite e uma boa vida, digna de todo e qualquer gato rico.
Os dias foram passando e a falsária demonstrava ser um felino amável, merecedor daquele lar aconchegante, cheio de regalias e mimos, tendo sido transferida para a casa da vovó, onde receberia carinhos em quádruplo.
Na primeira consulta ao veterinário, por estar muito abatida e abandonada (perfil que ela simulou), ninguém ainda havia descoberto que “Enzo” se tratava de uma fêmea... e ela continuou a simulação.
Contudo, nenhuma mentira dura para sempre. Foi quando, na segunda consulta ao veterinário, a máscara caiu. “Enzo”, em verdade, se tratava de “Luly Baluly”, felina foragida da Itália (por isso o nome “Enzo”), aplicadora de golpes em humanos.
Descobriu-se, através de contato com a polícia secreta italiana, que “Luly Baluly” aplicou o mesmo golpe no Vaticano, mas teria sido descoberta por um pastor alemão, o qual, em visita de rotina nos aposentos do Papa, flagrou a gatuna dormindo em lençois de seda pura.
Porém, antes de ser presa, a gatuna se refugiou no Brasil, o paraíso dos criminosos, tendo sido vista, pela última vez, na doce Paris dos Pampas Gauchos.
Se alguém a tiver visto por aí, ligue para LINHA FELINA DIRETA, 0800-miau-miau.
Sua identidade será preservada.
Luly Baluly em sua última aparição pelo Brasil
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