quarta-feira, maio 06, 2009

Conjuntando a tivite

Foi preciso uma conjuntivite no olho direito para me trazer novamente aos posts de cada dia.

Caro leitor, não se preocupe: fique o quanto quiser.

O contágio é pessoal, não virtual – por enquanto – até os japoneses inventarem um vírus que ataque os humanos via computadores.

Nesse momento “quarentena”, em que não posso ir trabalhar, não posso ficar em locais fechados e devo evitar o contato com outros humanos, encontrei alguém que sabe muito bem o que estou passando: Will Smith, em “I am legend”.

Sei, sei.
Esse filme já passou a um tempão atrás, mas só agora pude assisti-lo.
Gostei bastante do enredo. Depois descobri que há um fim alternativo rodando por aí.

É engraçado como ficamos impressionados com determinados filmes, os quais acabam nos acompanhando por dias afora. As imagens, as falas, as idéias ficam gravadas no nosso pensamento...

Lembrei-me das minhas aulas de Biodireito que tive no curso de pós-graduação... o filme ressuscitou mil coisas na minha cabeça... os experimentos biogenéticos, as doações de sangue e órgãos, a criação de vacinas e antivírus, a máfia farmacêutica (de quebra me lembrei de partes do filme “O Jardineiro Fiel”), enfim... coisas que estão fora do meu alcance, uma simples mortal. Mas coisas que estão logo ali, nas mãos de cientistas, pesquisadores, inovadores, psicopatas... sei lá.

Também pensei no que estamos vivendo com essa história de “gripe suína”, a tal gripe “A, Y, Z, H1N1”... todo esse caos no México, em outros países... a mídia sensacionalista, o mercado farmacêutico, milhares de máscaras por aí... será que as coisas estão acontecendo exatamente como estão nos mostrando na TV?

E eu cá, conjuntando a tivite... transmitida pelo ar... nem sei onde andei que estava exposta...

A pergunta é: esses cientistas, espalhados por toda parte do planeta, sabem o que estão fazendo? Eles têm consciência do que podem criar?

Não sou contra o progresso, não.

Minha dúvida é saber se o que estão fazendo por aí é só para ganhar mais dinheiro, ou se seria para o bem da humanidade. Por exemplo, como é que ninguém ainda não criou um remédio que cure a conjuntivite de imediato??? Ah, não deve ser tão difícil assim...

Para encerrar o desabafo de uma pessoa trancafiada em casa, será que o nosso mundo vai se transformar na Los Angeles do filme “Blade Runner – o caçador de andróides”?
Para quem não lembra, o filme se passa no ano de 2019, numa cidade sem árvores, sem sol, sem animais, cheia de arranha-céus (com mais de 100 andares), veículos por terra e céu, lotação habitacional e uma chuvinha ácida, para completar.

Enfim, preciso de ar puro.
E de uma boa grama verde pra pisar.

“Emancipate yourselves from mental slavery;
None but ourselves can free our minds.
Have no fear for atomic energy,
'Cause none of them can stop the time
How long shall they kill our prophets,
While we stand outside and look
Some say it's just a part of it:
We've got to fulfill the book.”

(Bob Marley – Redemption song)