A história do fardamento esquecido
Tinha tudo para ser um dia igual ao outro - almoço, trabalho, casa - com exceção do jogo de futebol que ele tinha depois do expediente, às 18h15min.
O jovem casal saiu de casa de carro, ao invés de praticarem a habitual caminhada até o trabalho, isso porque havia necessidade de levar a mochila com as roupas do futebol.
Após o futebol, ele foi buscá-la no trabalho dela, para então irem até o supermercado, comprar algumas coisas para o jantar.
Ele estava um pouco suado, ainda com as roupas do futebol.
Ela estava toda encasacada, pois aquela semana o frio resolvera mostrar a cara de vez.
Chegaram ao caixa do supermercado com as compras e ele, como sempre bem-humorado, disse que havia esquecido a carteira no carro, tirando “um tempo” dela, que em seguida passou a mão na carteira para pagar as compras, rindo da situação (afinal de contas, eles fazem a contabilidade de tudo o que compram juntos).
Foi quando ele se lembrou de comentar com ela que, apesar de terem ido de carro para o trabalho, ele havia esquecido a mochila com a roupa do futebol em casa, tendo que voltar depois do trabalho para se fardar e ir ao jogo.
Ela caiu na gargalhada, pois isso é uma coisa que “quase” sempre acontece com ele... (é a carteira que fica no carro do taxista, é a chave que fica dentro do carro, é a sanduicheira que fica no trabalho... enfim... coisas da vida).
Nesse momento, enquanto ela tinha uma síncope de tanto rir no balcão da caixa do supermercado, a moçoila do caixa passava os produtos na leitora de código de barras e, numa intervenção de mestre, olha para o casal e diz:
“Como é que é? Eu me perdi! O que aconteceu no futebol???”
Em transe, o jovem casal respira fundo e não acredita naquela situação - a moçoila do caixa simplesmente queria participar do assunto, rir um pouco, quem não gosta de rir, não é mesmo?
Enquanto ele se ensaiava para não ser desagradável e compartilhar a história do fardamento esquecido, ela tem outra síncope de tanto rir... onde é que esse mundo vai parar?