Tempo de vuvuzelas sem emoção
Depois daquela copa do mundo de 1998, em que o Brasil entregou a taça para a França, permitindo que a imaginação sobre toda aquela celeuma perdurasse até os dias de hoje, nunca mais a copa do mundo foi a mesma.
Pelo menos pra mim, torcedora do Brasil.
Ainda lembro do brilho, da garra, da disposição, do amor pela camiseta daqueles jogadores da copa de 1994, e incluo aí o capitão Dunga, embora eu tenha a mesma antipatia por ele do que ele tem pela vida (em um outro post eu conto essa história).
Dunga e o único sorriso que deu na vida: nem Branco nem Romário acreditaram na cena
Nenhum brasileiro que consciente viveu aquela época esquecerá dessas cenas, que ficarão marcadas para sempre na memória daqueles que mesmo sem entender lhufas de futebol, acompanharam essa seleção mágica de 1994.
Bebeto embalando as emoções daquela copa
"vai que é tua, Tafarel"
De lá pra cá, ninguém mais vingou, nem a vitória brasileira na copa de 2002, no Japão.
"O Fenômeno", se antecipando no tempo e pedido a número um, até virar o Gorducho dos dias atuais
Prefiro nem comentar o fiasco que foi a copa de 2006, na Alemanha: uma seleção sem alma, sem vontade, sem espírito esportivo e com muitos cardaços para amarrar.
E aí vem 2010.
O brilho dessa copa ficou a cargo, com certeza, da alegria do povo africano, das suas danças, músicas, cores e sorrisos. E nem isso foi capaz de animar a brasileira aqui, tão carente de uma seleção carismática, enigmática, fantástica, como a de 1994.
O capitão Lúcio bem que tentou, foi guerreiro, correu atrás da jabolani, mas ele era o líder de uma torcedora Só.
(não deu, pessoal)