Já fazia muitos e muitos anos que não ia à terra do Mickey Mouse e confesso que não lembrava de alguns detalhes dos parques da Disneylândia, principalmente da sutil separação entre o universo Disneyworld (com os parques Magic Kingdom, Hollywood Studios, Epcot Center, Animal Kingdom e outros aquáticos) versus o Universal Studios (hoje dividido em Universal Studios e Island of Adventure), um parque totalmente “à parte”, ou melhor, dois parques totalmente “à parte”. A propósito, naquela época, lá na década de 90, nunca havia parado para pensar sobre isso.
E o motivo é óbvio.
Quando se pisa naquele chão encantado, não importa quem é quem, de onde vem o dinheiro, pra onde ele vai, importa sim quantas emoções serão vivenciadas e quantos desejos nascerão daquele mundo mágico.
ao centro, o famoso e encantado Castelo da Cinderela no Magic Kingdom |
E acreditem, ideias é que não faltam quando se está assistindo aos shows de fogos de artifício e luzes no Magic Kingdom, ou aos shows de luzes e águas no Epcot Center.
show de luzes no castelo |
algo para ficar na memória |
Danem-se as contas pra pagar, eu quero mais é me divertir como qualquer criança feliz faria. No worries, so naive.
É claro que muitos anos depois muitas coisas mudaram, algumas para melhor, como o fato de a Sininho (Tinker Bell), em corpo de humana, despencar lá da torre do Castelo da Cinderela e cruzar pelo céu dos telespectadores, sabe se lá a que velocidade. É preciso muita coragem mágica pra descer a torre em um fio daqueles, principalmente com aquele figurino (espia na foto ao lado). Na minha época, a Sininho era apenas uma imagem futurística cruzando a torre do castelo e lançando o seu feitiço... e eu já achava aquilo sensacional!
Todavia, deixou a desejar – e muito – a parada elétrica do Magic Kingdom à noite, quando então todos os personagens animados aparecem em carros alegóricos luminosos. Não quero exagerar, mas ninguém bate a beleza e a magia do carnaval carioca. Nem perto os americanos chegaram! E isso me entristeceu, pô, é a Disney, sacou?
Lembro que a minha primeira ida aos Estados Unidos foi para comemorar os meus 15 anos, embora eu já estivesse com quase 17. Ingressei numa excursão da UNESUL, juntamente com a minha prima e seus coleguinhas teen do Colégio Rosário... foram dias engraçadíssimos, ao mesmo tempo aterrorizantes. Ninguém segurava aquela galera embebecida pelos States e eu acabava sendo a chata por ser mais velha que os demais (todos na faixa dos 14 anos)...
Então, anota aí algumas dicas pra aproveitar o Magic Kingdom:
- chegue cedo, muitas são as atrações, e se prepare para ficar lá até às 21h30min, pois a parada elétrica começa às 20h, seguida do show de luzes no Castelo da Cinderela e dos fogos de artifício (sem falar que depois serão longos 50min até chegar no estacionamento);
- o mês de outubro é um excelente período para assistir às atrações sem muita fila e sem o calor de matar da época de julho e agosto, contudo, vá de tênis, leve um protetor solar e uma toalha (sim, com certeza vais precisar);
- pegue um mapa em português na entrada do parque e trace um caminho dinâmico para ver os espetáculos que mais te agradem, e use e abuse do fastpass, passaporte com horário marcado para determinadas atrações, evitando assim filas longas e demoradas (não é preciso pagar a mais por ele, já vem no pacote);
- não gaste dinheiro comprando água mineral no parque, vários são os bebedouros espalhados com água potável;
- parada obrigatória no Splash Mountain para se refrescar e sentir o nó na barriga, seguido de um grito de arrepio (tudo bem que no meu caso eu gritei antes, já prevendo a queda!);
- se alguém te disser que é melhor ir no primeiro banco dos brinquedos da Disney, abra o olho que pode ser conversa de sogro pra genro... a não ser que tu queiras viver grandes emoções (o Paul que o diga);
- esqueça a rotina e viva a fantasia!
Quem vai a Disney e se decepciona é porque não libertou a criança de dentro de si.