terça-feira, julho 02, 2002


Saudade é a dor da ausência...

Saudade mesmo é uma lembrança, suave e triste ao mesmo tempo, de um bem do qual se está privado. Pura e simples nostalgia. Mas saudade pior deve ser aquela dos enamorados que se despedem no meio da chuva, a espera do ônibus de partida. Não sentem a chuva molhar, já que o que importa mesmo é o calor humano que se vai. E, logo após a pesarosa despedida, um deles lança mão do celular e envia uma mensagem dizendo: SAUDADE! Essa tecnologia de hoje!!!
Essa coisa de celular está engraçada. Já não se vê ninguém tão só como antigamente. Se não tem companhia, tem celular. Se não tem com quem conversar, tem celular. Se não tem o que fazer, tem celular. Todo mundo tem celular, e quem não tem ou já teve um ou já pensou em ter. Quem não tem ainda teme se ver dominado pelo celular. Assim como a TV, o computador, videogames e outras cositas que nos dominam. E tem gente que pode até levantar a mão e dizer que não é dominado por nada disso. Que odeia os programas de TV e toda vez que liga a TV acaba por abrir um livro pra ler. Que não entende lhufas de computador e detestaria ter um. Que o celular só atucanaria e certamente estaria sempre perdido em algum canto. Inconscientemente certas coisas nos dominam. E se não nos dominam, nos influenciam. E isso, definitivamente, é mais que normal no mundo em que vivemos.



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