quinta-feira, junho 12, 2008

Dia dos namorados? Quando?

Arram, talvez o post do dia 27/03 fosse suficiente para o dia de hoje, mas não podia segurá-lo por tanto tempo assim...

Mas assim óh, dia dos namorados é TODO DIA ÚTIL, FERIADO, SÁBADO e DOMINGO, desde que se esteja embaralhado por alguém que corresponde à altura.

Hummm, tipo assim...

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses todo nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha...


(Florbela Espanca)

P.S.: devolvendo a poesia, com a mesma alegria.
Atualizações, hein?

Tá bem, eu confesso.
Enrolei, enrolei, enrolei e nada de blogar por aqui.
Mas vamos lá então.
Foram tantas coisas que aconteceram ao longo do tempo, após o último post, que nem sei por onde começar.

O fato é que pelas minhas andanças por aí, descobri dois lugares ímpares no Brasil, passíveis de visitação: Belém, no Pará, e Boa Vista, em Roraima. Nem vou falar na minha rápida passagem pela Venezuela, pois não encontrei nada de mais por lá... porém, qualquer indiada sempre é bem vida, ainda mais se está com os dois afilhados.

Belém é uma cidade úmida e quente, típica da região amazônica, localizada na Baía do Guajará, habitada por mais de 1 milhão e 400 mil pessoas. A capital é tão agitada como Porto Alegre, mas um pouco mais violenta, sendo que prepondera no povo de lá a mescla de várias etnias (resumindo: é índio misturado com todo mundo – japonês, alemão, inglês, grego...).

Lugares imperdíveis: Estação das Docas (porto às margens da Baía do Guajará – estilo porto da Av. Mauá, em Poa), Mercado Ver-o-peso (foto abaixo), Pólo Joalheiro, Mangal das Garças, Casa das 11 Janelas, Cerâmicas de Icoaraci,
Boteco Daqui (simpático barzinho local).





Por outro lado, Boa Vista, que fica lá no topo do mapa do Brasil, capital de Roraima (e não de Rondônia, como pensam alguns), localizada ao norte da linha do Equador, possui aproximadamente 250 mil habitantes. Sim, é uma capital pequena, pacata, nova e com planejamento urbano moderno, sendo que no princípio era habitada apenas por índios.

Lugares imperdíveis: Praça das Águas, Casa das 12 Portas (não é sacanagem não, em Belém encontrei a Casa das 11 Janelas e em Boa Vista essa aqui), Portal do Milênio, Monumento ao Garimpeiro (foto abaixo), Palácio da Cultura Nenê Macaggi, casa dos meus afilhados (diversão na certa).





A parte legal de viajar é sair de casa com a mente aberta a novas experiências, principalmente a novas culturas e gastronomia, a serem encontradas até mesmo dentro da mesma pátria.
As coisas que mais me chamaram a atenção lá pra cima foram: a imensidão da Floresta Amazônica; os diversos tipos de sementes, frutas e peixes de água doce (imperdível também é comer caranguejo com farofa); e o fato de que os índios (aqueles que vivem pelados e pintados no meio da mata, que sobrevivem apenas da caça e das frutas e falam “uga uga”) quase não existem mais – o que existe são índios já brancos, vestidos, usando celulares, morando em casas de cimento e recebendo “cestas-básicas” do governo (essa, sem dúvida, foi a parte triste da viagem).


Mas nada como estar de volta ao solo gaúcho, comer um churrasco do Avo, um doce de Pelotas, uma cuca de Santa Cruz do Sul e me aquecer nos braços do meu amor.
Uia, tchê!