quarta-feira, dezembro 29, 2004

Epa! Já ia esquecendo...
FELIZ ANO NOVO PARA TODOS AÍ,
que passam por aqui, muito de vez enquando...
Receita de Ano Novo, por Carlos Drummond de Andrade


"Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com
todo tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
Para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos
percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha
ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções
para depois arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."


quinta-feira, dezembro 23, 2004

Afinal de contas, quem inventou o Papai Noel???

Li uma reportagem hoje sobre a verdadeira história do Papai Noel... ao contrário do que eu imaginava, ele não nasceu de um momento capitalista da vida em sociedade, mas da boa ação de um religioso chamado Nicolau.
Na cidade do Nicolau (se não me engano na Grécia) havia um pai e três filhas. Esse pai era muito pobre e estava muito triste pois não conseguia juntar dinheiro para o dote das filhas. Naquela época (1800 e pouco), o pai era responsável pelo pagamento do dote da filha que iria casar. Nicolau, que era como se fosse um sacerdote da região, ao descobrir a tristeza do pobre homem, jogou algumas moedas de ouro dentro da casa deste homem, durante a noite. Como Nicolau estava com pressa e não queria ser visto, acabou jogando as moedas tão rápido pela janela que algumas caíram dentro de um pé de meia que estava pendurado na lareira para ser seco pelo fogo. No ano seguinte, Nicolau fez a mesma coisa, para que a segunda filha do pobre homem pudesse se casar. Na terceira vez, o pai das moças esperou acordado toda a noite, a fim de descobrir quem era o bem feitor, quando pegou Nicolau jogando as moedas de ouro. Nicolau então foi reconhecido como santo e outras pessoas apareceram para falar sobre outros milagres que ele teria feito.
Depois disso, vários autores americanos começaram a redemolar a história, até que a famosa Coca-Cola deu ao sacerdote o aspecto de velhinho gordo, barba branca e roupa vermelha e branca (cores da marca).
O engraçado que antes do "velhinho" aparecer de trenó e renas, ele aparecia em um cavalo branco voador e entregava presentes para todos.
A história foi indo, indo, indo e chegou no que é nos dias de hoje.
Interessante, né?
Agora já sei para que "santo" rezar para que o meu pai pague o meu dote!!! heheheh

FELIZ NATAL A TODOS, E QUE O CARINHA MISTERIOSO DAS MOEDAS DE OURO POSSA REALIZAR O DESEJO DE TODOS AQUI NA TERRA!

terça-feira, dezembro 21, 2004


Para os meus amigos loucos e sérios

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Louco daquele que senta e espera a chegada da lua cheia.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os, loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril."

Recebi essa mensagem de um grande amigo-colega, lá das bandas de Santa Maria!


quinta-feira, dezembro 16, 2004

O orgulho de ser gaúcho

Está circulando pela internet um e-mail que fala sobre nós, os gaúchos. Obviamente, a mensagem só vem a levantar a nossa moral, seja em termos de beleza, presteza e qualidade de vida. Mas não vamos esquecer que o Brasil só é Brasil porque todos (paulistas, cariocas, baianos, mineiros, etc) crescem juntos, embora com diversas "desinências"...

"É fácil perceber porque o Casseta e Planeta e algumas pessoas de outros estados gostam tanto de fazer piadas sobre os gaúchos:
- A miss Brasil é gaúcha.
- A melhor modelo do mundo é gaúcha.
- O melhor jogador de futebol do mundo é gaúcho.
- A melhor atleta olímpica brasileira é uma gaúcha.
- O estado com o maior número de títulos nacionais no futebol é o RS.
- O melhor padrão de vida do Brasil é no RS.
- O Centro-Oeste está virando uma potência agrícola graças aos gaúchos que emigraram.
- O presidente mais importante da história do Brasil foi gaúcho.
- O prato mais apreciado e popular (em restaurantes) do país é o churrasco.
- São gaúchos muitos dos melhores profissionais de comunicação que as grandes redes nacionais - a começar pela (que se considera) toda-poderosa Globo, vêm buscar aqui para qualificar os seus quadros.
- Dos 105 anos de república brasileira, gaúchos (Getúlio, João Goulart, Médici e Geisel) governaram o país durante 29 anos (quase 28% do tempo).
Na verdade, é apenas uma compensação pela grande dor-de-cotovelo que aqueles frustrados sentem quando olham para o que eles dizem ser o fim do país, mas que na verdade é o ponto sobre o qual o Brasil se apóia."