É
só ligar a televisão, abrir uma revista ou ler o jornal que lá
está a palavra do momento: “retrospectiva”.
Chega
o fim de um ano e acaba-se passando um pente fino no que aconteceu
durante os 365 dias daqueles 12 meses datados pelo calendário
gregoriano.
Porém,
só o que se vê nas manchetes são os desastres naturais, os
acidentes de trânsito que tiraram a vida de um cem número de
jovens, os dissabores pessoais de ícones da mídia, os problemas do
sistema de saúde no país, a corrupção que cada dia sai debaixo do
tapete, as várias injustiças oriundas do Poder Judiciário, a
péssima atuação de alguns membros das instituições
“democráticas” e os milhares de assaltos, sequestros, homicídios
e abusos sexuais estampados em espaço preferencial nos noticiários.
Só
que o brasileiro, na sua maioria, é um ser humano que adora ver uma
tragédia. E adora ver o circo pegar fogo, adora ver as pessoas aos
prantos sofrendo, seja porque perdeu a sua casa em uma enchente, seja
porque perdeu uma perna em um acidente de trânsito, seja porque os
filhos foram assassinados por um padrasto alcoólatra.
E
isso se reflete no Big Brother Baboseira que logo logo tomará conta
da televisão e de milhares de telespectadores, que comentarão as
intrigas, as brigas, as confusões, os choros e as piores atuações
em todas as redes sociais, simultaneamente.
Eu
estou cansada disso.
Em
protesto, e para manter a minha sanidade mental, tenho feito vistas
grossas para jornais e telejornais quando o assunto é dor, tristeza
e violência.
E
por isso, mudo agora a direção deste post para algo positivo, para
aquilo que a vida tem de melhor a nos oferecer: a harmonia.
Quando
há harmonia, tudo flui. E tudo flui magicamente. Não é feitiço
vindo de Hogwarts, a Escola de Magia de Harry Potter. É a natureza
agindo em sua forma originária e, obviamente, natural. É como um
lance de futebol que nasce perfeito desde a zaga, passa gloriosamente
pelo meio de campo e chega aos pés do atacante, que estufa as redes
com um gol de bicicleta.
Todos
merecemos ser felizes. Sem exceção.
Mas
somos nós que temos que buscar essa harmonia.
Em
2011 rolou muito mais coisa boa do que ruim, ficaria horas e horas
descrevendo todos os bons sentimentos que surgiram, os sorrisos que
ganhei, as gargalhadas que dei, as novas amizades que fiz, a
convivência divertida com a família, a surpresa e a emoção de
ganhar um anel de noivado, os lugares que visitei, as lições que
aprendi, os sonhos que realizei, o amor que vivi.
Assim,
a minha retrospectiva vem desenhada pelas imagens que captei nesse
2011, ficando aqui o desejo de que 2012 seja só harmonia, só saúde,
só sucesso, só aventuras e só amor. E Só.
Imbituba, SC
Plataforma Marítima de Tramandaí, RS
Praia de Tramandaí, RS - dia incomum
Amèlie Poulain na pia do bandeiro em Tramandaí, RS
O paraíso de sempre: Garopaba, SC
Praia do Rosa, SC - fim de tarde
Charqueada Boa Vista em Pelotas, RS
Arroio Pelotas, RS
Amèlie Poulain em pose surpreendente para fotografia
Parque Farroupilha, Porto Alegre, RS
A Redenção do Parque Farroupilha, Porto Alegre, RS
A magia do Castelo de Hogwarts, Universal´s Islands of Adventure, Orlando, USA
Procurando Nemo no Epcot Center, Orlando, USA
O café personalizado do Paul em Miami, USA
Chichen Itza, México - as muralhas dos maias
Cenote Peligro, México
A tormenta chegando em Cancun, México
depois do sufoco, a calmaria - Cancun, México
Um xavante se despede do Eucaliptos, Porto Alegre, RS
Victorio lançando seu charme em Pelotas, RS
Feliz Natal!
Os enfeites dizem tudo, ou nada
Fim de tarde e de ano no litoral gaúcho - Tramandaí, RS
Foi na capital gaúcha, no dia 10 de dezembro de 2011, no antigo Estádio Ildo Meneghetti, mais conhecido como “Eucaliptos”, que aconteceu a V ImpedCopa, organizada pelo pessoal do Impedimento.
Nada mais sensacional do que homenagear o futebol com a realização do evento naquele lugar fantástico, construído pelo Sport Club Internacional e inaugurado no dia 15 de março de 1931, o qual inclusive foi palco da Copa do Mundo de 1950, recebendo os times da Yugoslávia, México e Suíça.
Ao pisar naquele gramado, hoje mal cuidado e prestes a ser destruído pela Construtora Melnik Even, que erguerá no local o suntuoso Grand Park Eucaliptos, recordei da sempre tão comentada triste história que viveu o meu pai naquele campo.
o que restou do Eucaliptos hoje
Conta ele que quando era guri, e diga-se de passagem, muito bom de bola, ele treinava na escolinha do Internacional, sob a secreta proteção de minha avó (aquela senhora simpática do batom vermelho no post abaixo) e às escondidas do meu avô, pois naquela época guri que jogava futebol era “maloqueiro”. Todavia, por um descuido do destino, o meu avô chegara mais cedo em casa e descobrira que o meu pai não estava fazendo o “dever de casa”, momento em que minha avó foi obrigada a entregar o filho querido, aduzindo que ele estava jogando futebol no Eucaliptos. Sem piscar os olhos, meu avô cruzou aquele campo e de gancho pegou na orelha do meu pai, que treinava as jogadas ensaiadas com categoria, e disse: “filho meu não será vagabundo”, destruindo a tapas o grande sonho do meu pai de ser jogador de futebol.
Mas voltando à V ImpedCopa, e ao magnífico evento que reuniu mais de 100 pessoas para a última pelada no Eucaliptos - antes de sua total destruição -, onze foram os times que balançaram as redes, estremeceram as arquibancadas, emocionaram os espectadores, destruíram os seus adversários sem nenhuma categoria ou vergonha na cara, e anteciparam, com toda a classe pertinente, as tendências da moda para o verão futebolístico de 2012.
Jogadores e figurantes do Choré Central, Los Cuervos Del Fin Del Mundo – Ushuaia, Estudiantes de Mérida, Hijos de Acosvinchos, Valle Del Chota, Desamparados de San Juan, Santiago Morning, El Porvenir, Yaracuyanos, Chaco For Ever e Durazno trouxeram aos campos as cores mais estonteantes de chuteiras do momento, bem como fardamentos mais do que ousados para os goleiros.
Foi uma verdadeira Fashion Weekend Futebolística, democrática e libertadora, mostrando que os gaúchos não ficam de fora das tendências da moda como se imaginava e que sabem soltar o seu lado mais sensível sem perder a macheza, tchê! Ainda, se viu de tudo em homenagem ao futebol sul-americano, relembrando times “ultra-modernos” do Uruguai, Paraguai, Argentina e Venezuela, com suas cores vivas e saltitantes.
Reparem a beleza das chuteiras e suas cores excêntricas: “laranja-gari”, “rosa-franjê”, “azul-petróleo”, “azul-granada”, “amarelo-fosforescente”, a clássica “vermelha e branca”, trio “amarelo-branco-preto”, “barro antigo”, entre outras.
"laranja-gari" - a bola não se perde de vista
"rosa-franjê" - o rosa no mundo masculino
"azul-petróleo" - um deslumbre
"azul-granada" - fabricado no Vietnã
"amarelo-fosforescente" - para partidas às tardinhas
"vermelho e branco" - o tradicional
"amarelo-branco-preto" - tendência europeia
"barro antigo" - direto de partidas na várzea
Porém, a grande sensação foi a combinação do jogador Paul, do time Yaracuyanos, com destaque especial para a sua chuteira nas cores “roxo-preto-branco”, em verdadeira sintonia com o fardamento. Um luxo!
categoria só no caminhar
E olha que jogadores invejosos de Hijos de Acosvinchos até tentaram tirar o brilho de Paul mas não conseguiram, pois a combinação “roxo-preto-branco” foi a mais comentada e defendida pela torcida, senão espiemos o vídeo abaixo.
Na ala dos goleiros veio uma grande inovação: a estampa tigresa. Mas houve também o renascimento do “verde-água em quadrículos”, design moderníssimo vestido por Todd Flanders. Ainda, o “verde-garrafa” (super na moda etílica), o “laranja-gari” e o “vermelho tradicionalista”, acompanhado de um acessório bem rústico: a barba gaudéria em formato de U.
estampa tigresa: a campeã de elogios
Todd Flanders e o "verde-água"
destaque para o "vermelho tradicionalista"
o impecável "verde-garrafa"
ao centro o "laranja-gari": inconfundível (crédito da foto: Lucas Cavalheiro)
Porém, o destaque especial foi mesmo para a camiseta de goleiro mais ousada e felina de todas as ImpedCopas, a “tigresa”, desejada descaradamente pelas beldades femininas que se encontravam na torcida e que não tiravam o olho dela.
E no geral, a cor vitoriosa foi a “verde-limão com laranja-gari”, do fardamento dos Desamparados de San Juan, que embalou a taça no final da noite através da dura final com oChoré Central, dando encerramento a mais uma super produção futebolística do pessoal do Impedimento.
as equipes finalistas em jogo anterior à grande decisão
Agradecemos aos jogadores e figurantes espetaculares que fizeram da V ImpedCopa um dos eventos sociais mais comentados no mundo da moda, sendo que ficaremos no aguardo das tendências para o inverno 2012! Salve-se quem puder!